segunda-feira, 21 de maio de 2012

timor leste, o massacre que o mundo não viu


- um filme de Lucélia Santos, em língua portuguesa

O primeiro contacto de Lucélia Santos com a barbárie que acontecia no outro lado do mundo foi em 1995 com a visita do embaixador da causa timorense José Ramos Horta ao Brasil.

Ela ficou chocada e não compreendeu como aquilo estava a acontecer em plena década de 90.

Quando o professor Ramos Horta e o bispo Ximenes Belo foram laureados com o Nobel da Paz em 1996, Lucélia foi a Oslo como convidada de honra para a solenidade de entrega do prêmio.
Foi lá que surgiu a idéia de se fazer um filme que divulgasse a causa timorense ao mundo, e principalmente no Brasil, que mal ouvira falar em Timor até então.
O projecto foi amadurecendo e só em 2000, com o apoio do governador Mario Covas (a quem o filme é também dedicado) e que induziu o patrocínio das companhias eléctricas Bandeirante Energia S.A. e EDP Brasil, é que pôde sair do papel.

Lucélia Santos chegou a Timor com a sua equipa em 2000, um ano após a destruição, e registrou durante um mês a trágica situação do povo maubere. "Timor Leste - O Massacre que o mundo não viu" conta toda essa história, mostra a realidade de Timor Leste e a esperança do seu povo por um futuro melhor.

Três meses depois de deixar de ser uma colónia portuguesa em 1975, Timor Leste foi invadido pela vizinha Indonésia e seu povo sofreu durante 25 anos um dos mais cruéis massacres do século XX. 

O povo timorense resistiu com bravura e coragem às atrocidades cometidas pelo governo indonésio, ignoradas pela opinião pública internacional. 

Um terço da população foi assassinado durante a sua luta pela independência. E após o povo timorense ter finalmente confirmado a sua soberania num plebiscito supervisionado pela ONU em 1999, as tropas indonésias deixaram a sua última marca: queimaram 90% do país.

parte 1 de 5


parte 2 de 5

Timor passa fome. Os guerrilheiros, nas montanhas, vestiam sacas e lutavam pelas colheitas e pela liberdade do povo. Sebastião Gomes, um jovem líder da resistência estudantil, é assassinado. Uma delegação portuguesa cancela a visita a Timor. 15 dias depois uma missa em memória de Sebastião Gomes acaba com uma manifestação contra a ocupação indonésia. O exército indonésio abre fogo sobre a população, sem dó nem piedade, alvejando a maior parte das pessoas pelas costas, enquanto outras, apavoradas, rezam. Neste dia e nos seguintes houve mais de 500 mortos. O jornalista britânico Max Stahl, que ainda hoje se considera em parte, timorense, filmou o que aconteceu e, antes de ser agredido e levado pelo exército, conseguiu esconder no cemitério o que tinha filmado. À noite, depois de ser libertado, recuperou os filmes e fê-los sair de Timor como contrabando.
Quem também esteve no cemitério foram os jornalistas norte americanos Allan Nairn e Amy Goodman; presenciaram tudo, foram barbaramente agredidos e passados 20 anos a reportagem que fizeram, continua viva.


parte 3 de 5

Após ter sido entregue o prémio Nobel da Paz ao bispo Ximenes Belo e a Ramos Horta a comunidade internacional começou a tomar consciência do que acontecia em Timor. A Indonésia começa a treinar timorenses para espalhar o terror entre o seu povo. Usam drogas como anfetaminas para controlar esses timorenses. As chacinas sucedem-se. Timor é um campo de treino para a guerra do exército indonésio.

parte 4 de 5

Finalmente, as forças da ONU chegam a um país em cinzas. Forças militares de 24 países garantem a manutenção da paz.

parte 5 de 5


"O povo sabe o que quer. Prefere comer pedras e dormir ao frio e à chuva do que não ter liberdade."

Timor-Leste é independente há uma década.
O povo celebrou a liberdade a 20 de Maio de 2002.

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