Severn Cullis-Suzuki ficou conhecida mundialmente na Eco 92 quando, aos 12 anos, pediu atenção ao meio ambiente para que a sua geração tivesse um futuro melhor. Fez um discurso e entrou para a história como “a menina que calou o mundo”.
Hoje, ela é mãe de duas crianças e voltou ao Brasil, para a TedXRio+20, um evento paralelo ao Rio+20.
A Eco 92, foi o primeiro grande evento em que países dos quatro cantos do mundo discutiram o futuro do planeta como um lugar sustentável.
"Severn Suzuki" da Organização das Crianças em Defesa do Meio Ambiente,
durante a ECO 92
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.
durante a ECO 92
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento.
Há 20 anos, foram assinados acordos não vinculativos, que marcavam o caminho para obter um desenvolvimento sustentável, principalmente, apontando medidas que os países mais desenvolvidos poderiam adoptar.
Entretanto, esses acordos ficaram praticamente esquecidos.
Esta semana, vinte anos depois, fez-se um esforço para conseguir retomar os acordos, ficando evidente que, se o que se deseja é conseguir resultados evidentes, os esforços terão de ser redobrados.
Passaram-se duas décadas desde que 152 países se comprometeram em adoptar medidas para cuidar da biodiversidade do planeta, estabelecer medidas para o uso sustentável dos recursos e reduzir o reflorestamento. Mas, de acordo com um relatório publicado pela O.N.G. World Wildlife Fund (WWF), identificou-se que a saúde dos ecossistemas foi reduzida em 30% e a riqueza natural está a perder-se a um ritmo similar nos últimos 40 anos.
Além disso, a humanidade duplicou a demanda de recursos naturais entre 1961 e 2007 como consequência do aumento de consumo urbano.
A canadense Severn Cullis-Suzuki que, em plena adolescência, conseguiu dinheiro com os amigos para viajar até ao Brasil, um país mais de 11 mil quilómetros distante do seu, para defender o meio ambiente.
Entretanto, esses acordos ficaram praticamente esquecidos.
Esta semana, vinte anos depois, fez-se um esforço para conseguir retomar os acordos, ficando evidente que, se o que se deseja é conseguir resultados evidentes, os esforços terão de ser redobrados.
Passaram-se duas décadas desde que 152 países se comprometeram em adoptar medidas para cuidar da biodiversidade do planeta, estabelecer medidas para o uso sustentável dos recursos e reduzir o reflorestamento. Mas, de acordo com um relatório publicado pela O.N.G. World Wildlife Fund (WWF), identificou-se que a saúde dos ecossistemas foi reduzida em 30% e a riqueza natural está a perder-se a um ritmo similar nos últimos 40 anos.
Além disso, a humanidade duplicou a demanda de recursos naturais entre 1961 e 2007 como consequência do aumento de consumo urbano.
A canadense Severn Cullis-Suzuki que, em plena adolescência, conseguiu dinheiro com os amigos para viajar até ao Brasil, um país mais de 11 mil quilómetros distante do seu, para defender o meio ambiente.
Filha do renomado ambientalista David Suzuki, Severn é mãe do menino Ganhlaans, 2 anos, e do bebê Tiisaan, 4 meses, a quem se dedica em tempo integral. Ela vive no arquipélago de Haida Gwaii, costa oeste do Canadá, com os filhos e o marido, que trabalha com preservação de animais e plantas em um parque. De lá, escreve livros para crianças e apresenta um programa de TV sobre a questão da água para populações indígenas.
Numa entrevista à revista Crescer, Severn confessa ter descoberto que, depois dos filhos, algumas atitudes “verdes” podem ficar mais difíceis de ser seguidas, como comprar alimentos orgânicos, que são mais caros, para toda a família.
Ainda assim, garante que as crenças que a tornaram conhecida no mundo são as mesmas. “Eu não mudaria uma palavra do discurso de 92. Ele poderia ser repetido por completo agora.”
CRESCER: O que você acha que mudou no mundo e na sua cabeça desde 1992?
Severn Cullis-Suzuki: Eu cresci, mas muitas das minhas opiniões continuam iguais. Já em termos mundiais, estamos no momento de avaliar se somos mesmo bem-sucedidos ambientalmente. Acho que falhamos porque não estamos nem perto de ser uma população sustentável. Mas o lado bom é que hoje, com a internet, qualquer um se pode envolver e mudar as suas atitudes, estudar causas, soluções e conhecer outros exemplos.
C: Agora que é mãe, ainda consegue manter as mesmas atitudes sustentáveis?
S: Sim. Penso da mesma maneira e ainda me sinto mais forte para lutar pelo que sempre acreditei. O que mudou foi a perspectiva. Antes eu lutava pelo meu futuro. Agora, pelo das minhas crianças. E compreendo totalmente esse amor entre mãe e filho... Não há nada mais forte! Isso dá sentido às nossas atitudes diárias. Temos mais força para lutar por políticas governamentais que garantam que o ecossistema continue a prover-nos.
C: Os seus pais tiveram um papel importante na sua formação como ambientalista. Como podem os pais influenciar os seus filhos nessa questão?
S: Os meus pais foram fundamentais! Acredito que nossos progenitores são os nossos primeiros educadores, os modelos de comportamento. Os meus pais nunca me disseram para eu fazer isto ou aquilo. Mas eles preocupavam-se com o meio ambiente e, mais importante, mostravam-me isso mesmo com acções. A questão é que não basta só falar. Para mostrar algo a uma criança, em especial em termos de valores e ideologias, você tem de ser parte da mudança, acordar para isso, fazer a sua voz ser ouvida. Essas atitudes devem existir especialmente em pessoas envolvidas na educação de crianças.
A triste conclusão que Severn tira a respeito dos avanços obtidos na atenção ao planeta:
“O que aconteceu ao longo destes anos?
Nada.Não estamos nem perto da sociedade que necessitamos”, indicou a especialista.
palestra da severn durante o tedex rio+20 (não traduzida)
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