Mais de uma centena de chefes de Estado e de governo negociaram o documento "O futuro
que queremos", acordado pelas delegações de 193 países.
Com 49 páginas e 283 parágrafos, muitos com a impenetrável linguagem diplomática das Nações Unidas, o documento aposta na economia verde como "instrumento importante" para o desenvolvimento sustentável e diz que é preciso mais recursos para os países menos desenvolvidos, sem especificar quanto, nem de onde virá o dinheiro.
Também cria um fórum ministerial para a sustentabilidade no Conselho Económico e Social da ONU e lança um processo intergovernamental para discutir futuros "objectivos de desenvolvimento sustentável".
Embora haja mais algumas novidades, o texto tem sido criticado pela falta de metas e datas concretas para pôr em prática o que estabelece.
Com 49 páginas e 283 parágrafos, muitos com a impenetrável linguagem diplomática das Nações Unidas, o documento aposta na economia verde como "instrumento importante" para o desenvolvimento sustentável e diz que é preciso mais recursos para os países menos desenvolvidos, sem especificar quanto, nem de onde virá o dinheiro.
Também cria um fórum ministerial para a sustentabilidade no Conselho Económico e Social da ONU e lança um processo intergovernamental para discutir futuros "objectivos de desenvolvimento sustentável".
Embora haja mais algumas novidades, o texto tem sido criticado pela falta de metas e datas concretas para pôr em prática o que estabelece.
A Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, reuniu 50 mil pessoas no Rio de Janeiro entre 13 e 22 de junho, 20 anos depois da Eco' 92, a cimeira mundial que consagrou o conceito de desenvolvimento sustentável.
“Para conseguir consenso”, explica Francisco Ferreira da Quercus, “o Brasil baixou a fasquia, retirou as partes mais polémicas e tudo o que eram questões que gostávamos que ficassem resolvidas ficam de fora do compromisso”.
Questões que passam pelo investimento nas energias renováveis, pelo fim dos subsídios a combustíveis fósseis, pela criação de uma agência mundial para o ambiente e pela aprovação de um calendário com objectivos nas diferentes áreas – algumas das quais estavam inscritas na primeira versão –, tudo ideias que foram retiradas do documento em prol do consenso entre as 193 delegações dos países com assento nas Nações Unidas.
Poucos avanços, quando se recordam os princípios expressos na Conferência do Rio em 1992. “Vinte anos depois esperava-se que houvesse aqui um impulso forte, e não é isso que se sente”, lamenta Francisco Ferreira.
A defesa de medidas mais concretas na promoção de uma “economia verde” – sem impacto significativo no ambiente – foi um dos pontos que mais dificultaram o consenso, a par do “financiamento para os países e da definição de objectivos para o desenvolvimento sustentável”, destaca Francisco Ferreira.
O secretário-geral do Rio+20, Sha Zukan, considera o rascunho final “o melhor que se poderia conseguir”.
As ausências, no encontro de líderes mundiais, de Barack Obama e Angela Merkel, são, para o responsável da Quercus, “fragilidades” que “enfraquecem o compromisso que se esperaria alcançar”.
@ ionline
O primeiro-ministro português disse na Conferência Rio+20, que foram feitos
“vários progressos” desde a ECO’92, mas que “há muito a fazer”, pelo que
é urgente “uma acção responsável e novas respostas face aos desafios da
humanidade”. Passos Coelho considera que “falhar não é uma opção” e que
a Rio+20 não falhou, nomeadamente pela criação do Fórum de Alto Nível
na área do Ambiente.
Relativamente a Portugal, Passos Coelho salientou os avanços na
descarbonização da economia, as energias renováveis, a eficiência
energética, a gestão da água, e as empresas portuguesas com
eco-eficiência e com elevados níveis de responsabilidade social e
ambiental, Destacou ainda a economia azul – abordagem sustentável dos
recursos marinhos –, com a "aposta" nas ciências e tecnologias marinhas.
Por último referiu-se à cooperação com os países da CPLP em matéria de
ambiente.
Um discurso de circunstância que podia ter sido bem mais aguerrido,
forte, e realista, dado que muitos outros intervenientes, nomeadamente o presidente francês, François Hollande, foi incisivo e directo, ao
dizer que a conferência estava aquém das expetativas.
@ blog rio 20
Não deixe de saber o que tem andado a fazer "a menina que calou o mundo" quando discursou na Eco 92, há vinte anos atrás.
Não deixe de saber o que tem andado a fazer "a menina que calou o mundo" quando discursou na Eco 92, há vinte anos atrás.
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