quinta-feira, 9 de agosto de 2012

rtp ~ o que vai acontecer ao canal público?

A RTP vai passar a deter apenas um canal em sinal aberto. Não é certo que seja a RTP 2 a ser vendida. Responsáveis da estação pública falam em "indefinição" e preocupação. 

O Executivo liderado por Passos Coelho não tem uma decisão tomada sobre a posição de que canal da RTP irá alienar até ao final do ano. A informação foi avançada ao DN por fonte governamental, que garante: "Há vários cenários em cima da mesa e todos passarão pela alienação de um dos canais, como estava previsto."

A decisão, essa, será tomada "em setembro ou outubro" e pode passar por três cenários: alienar a posição do canal 1, do 2 ou uma terceira hipótese sobre a qual ninguém levanta o véu. 

O caderno de encargos estará pronto até final deste ano, devendo o processo de candidaturas avançar no início de 2013. Cofina, Ongoing, TV Record, Bandeirantes e Newshold são possíveis interessados, mas não há candidatos oficiais.

Jorge Wemans, diretor de Programas da RTP 2, realça que a grelha do canal único já está a ser preparada, ainda que em fase prematura. "Tem havido debate e reflexão internos, mas nada é válido. Estamos numa fase inicial. Existe muita indefinição, muita coisa ainda não é clara. Não se pode definir uma grelha de um canal único sem se ter o novo Contrato de Concessão de Serviço Público. Aí já teremos as orientações suficientes", diz o responsável ao DN.

Contudo, fonte ligada à estação pública frisa que a grelha da rentrée da RTP 1, em setembro, "já é uma miscelânea dos canais 1 e 2, que será serviço público ao mais baixo custo". Outra fonte esclarece que o futuro canal "não será uma cópia da atual RTP 1 e terá, também, vários conteúdos do segundo canal, e, ainda, outros novos". 

O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares já disse que quer manter um canal de "referência", e concorrencial.

Entretanto a estação de televisão pública adapta-se "às novas realidades das empresas" prevendo-se a saída de vários quadros e a alteração de cargos.

A comparação entre o organograma anterior e o actual permite perceber que diminui o número de gabinetes de seis para quatro, assim como o número de directores, que passa de 29 para 22 na nova ordem orgânica da empresa. 

A RTP passará a estar dividida em seis grandes áreas - serviços partilhados, meios técnicos, suporte à actividade editorial, editorial, centros regionais e centro corporativo -, sendo que "se mantêm, na sua generalidade, as missões das direcções".

As principais alterações passam pela acumulação na estrutura do centro corporativo de várias funções que estavam cometidas a uma direcção que é extinta, assim como é criada uma direcção de audiências, estudos e formação, que integra a academia da RTP.

@ diário de noticias

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