A RTP vai passar a deter apenas um canal em sinal aberto.
Não é certo que seja a RTP 2 a ser vendida. Responsáveis da estação pública falam em "indefinição" e preocupação.
O Executivo liderado por
Passos Coelho não tem uma decisão tomada sobre a posição de que canal da
RTP irá alienar até ao final do ano. A informação foi avançada ao DN
por fonte governamental, que garante: "Há vários cenários em cima da
mesa e todos passarão pela alienação de um dos canais, como estava
previsto."
A decisão, essa, será tomada "em setembro ou outubro" e
pode passar por três cenários: alienar a posição do canal 1, do 2 ou
uma terceira hipótese sobre a qual ninguém levanta o véu.
O caderno de encargos
estará pronto até final deste ano, devendo o processo de candidaturas
avançar no início de 2013. Cofina, Ongoing, TV Record, Bandeirantes e
Newshold são possíveis interessados, mas não há candidatos oficiais.
Jorge
Wemans, diretor de Programas da RTP 2, realça que a grelha do canal
único já está a ser preparada, ainda que em fase prematura. "Tem havido
debate e reflexão internos, mas nada é válido. Estamos numa fase
inicial. Existe muita indefinição, muita coisa ainda não é clara. Não se
pode definir uma grelha de um canal único sem se ter o novo Contrato de
Concessão de Serviço Público. Aí já teremos as orientações
suficientes", diz o responsável ao DN.
Contudo, fonte ligada à
estação pública frisa que a grelha da rentrée da RTP 1, em setembro, "já
é uma miscelânea dos canais 1 e 2, que será serviço público ao mais
baixo custo". Outra fonte esclarece que o futuro canal "não será uma
cópia da atual RTP 1 e terá, também, vários conteúdos do segundo canal,
e, ainda, outros novos".
O ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares
já disse que quer manter um canal de "referência", e concorrencial.
Entretanto a estação de televisão pública adapta-se "às novas realidades das
empresas" prevendo-se a saída de vários quadros e a alteração de cargos.
A
comparação entre o organograma anterior e o actual permite perceber que
diminui o número de gabinetes de seis para quatro, assim como o número
de directores, que passa de 29 para 22 na nova ordem orgânica da empresa.
A RTP passará a estar dividida em seis
grandes áreas - serviços partilhados, meios técnicos, suporte à
actividade editorial, editorial, centros regionais e centro corporativo
-, sendo que "se mantêm, na sua generalidade, as missões das direcções".
As principais alterações passam pela acumulação na estrutura do
centro corporativo de várias funções que estavam cometidas a uma direcção
que é extinta, assim como é criada uma direcção de audiências, estudos e
formação, que integra a academia da RTP.
@ diário de noticias
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