O vocalista da banda Tim Booth destacou a “longa relação” com o público português, que a banda diz “ter receio” de cansar, tendo em conta as “constantes presenças” no nosso país.
Para o concerto no Rock in Rio-Lisboa, os James prometem “espontaneidade”.
SAPO: E em relação à vossa estreia no Rock in Rio-Lisboa, estão ansiosos?
Tim Booth: Sei que é um grande evento e que é algo muito intenso. Estaremos lá para celebrar e, por causa da presença de Bruce Springsteen, creio que vai ser o nosso maior concerto alguma vez dado em Portugal. É um dia especial por essa razão.
SAPO: Neste sentido, podemos esperar um concerto espontâneo e sem elementos pré-definidos?
Tim Booth: Isso mesmo. Nós próprios somos espontâneos e não temos nada preparado.
Vou contar um episódio que aconteceu na última vez que atuámos no Porto, perto da praia. Faltava uma hora para começar o espetáculo, olhei à volta e vi um barco. Pensei que seria uma boa ideia começar o concerto no barco. O nosso ‘manager’ local falou com um pescador e conseguiu pôr a ideia em prática. Mal soube, o público começou a nadar na nossa direção. É daquelas coisas que te lembras de fazer à última hora e torna-se realmente espontâneo. É isto que procuramos, apesar de em festivais ser algo mais complexo.
SAPO: Já tocaram no nosso país várias vezes. Que recordações guardam do público português?
Tim Booth: Temos uma longa e estável relação com Portugal. Estou apenas preocupado com o facto de vocês poderem ficar cansados dos James, porque tocamos aí muitas vezes (risos). Alguns dos meus concertos favoritos foram em Portugal. Vocês são fantásticos. Adoro voltar a Portugal. O desafio passa agora por saber a forma como apresentar coisas frescas a pessoas que já nos viram várias vezes. É isso que vamos tentar fazer no Rock in Rio-Lisboa.
'A haver justiça, a história deste Rock in Rio não estará bem contada sem este grande concerto da banda de Tim Booth.
A hora e picos que esteve para trás terá sido um dos melhores nacos de música a que já pudemos assistir na edição deste ano do Rock in Rio.
Quando não canta, Booth gesticula espasmodicamente, uma imagem que mantém desde o início de carreira - e desde alguns dos primeiros "casos de amor" com Portugal, lembrando dois concertos entre nós nos idos de 1993.
Booth aproveita para recordar os tempos em que tinha 16 anos, era punk e os seus artistas de referência eram todos "auto-destructivos", referindo-se aos Sex Pistols e a Iggy Pop. Um ano depois, conta, um amigo arranjou-lhe um bilhete para um concerto em Birmingham, que Booth foi ver algo a contra-gosto. Mas não se fez difícil: às primeiras canções, a banda em questão põs-lhe um sorriso permanente nos lábios. Pausa. Era Bruce Springsteen & The E Street Band. Aplauso colectivo.
james ~ sit down ~ live @ rock in rio 2012
mensagem para passos coelho de saul davies que mora em portugal
hhh
james ~ sometimes ~ live @ rock in rio 2012
james ~ sit down ~ live @ rock in rio 2012
Perto do final o violinista Saul Davies dirige-se à plateia em português ("sou inglês,
mas a minha mulher - lindíssima - é portuguesa") e reclama do preço da
luz e do fecho das escolas, especialmente no norte do país, onde reside .
Perto do final, Saul Davies, guitarrista e violinista da banda liderada por Tim Booth, há vários anos a viver no nosso país, assumiu ter "ideias sobre este país" e insurgiu-se contra o governo da nação num português muito bem arranhado. Davies apresentou duas perguntas ao Primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, a quem chamou "coelhinho": "porque é que nós temos aqui em Portugal velhotes que não têm dinheiro suficiente para pagar a conta da luz? Porque é que no norte, especialmente, há escolas que fecham porque o Governo não tem dinheiro suficiente para pagar aos professores?". E rematou: "o nosso Coelhinho tem os sonhos da população portuguesa nas mãos dele. Que tenha cuidado". Foi aplaudido.
E eis-nos imersos na canção que manda sentar "next to me" e questionarmo-nos como é que esta gente (ainda) consegue dar concertos assim.
Os ingleses James despedem-se com "Sit Down" e uma boa percentagem das 75 mil pessoas que entraram até agora (dados da organização) de braços no ar, em celebração. '
resumo de reportagem @ blitz
Perto do final, Saul Davies, guitarrista e violinista da banda liderada por Tim Booth, há vários anos a viver no nosso país, assumiu ter "ideias sobre este país" e insurgiu-se contra o governo da nação num português muito bem arranhado. Davies apresentou duas perguntas ao Primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, a quem chamou "coelhinho": "porque é que nós temos aqui em Portugal velhotes que não têm dinheiro suficiente para pagar a conta da luz? Porque é que no norte, especialmente, há escolas que fecham porque o Governo não tem dinheiro suficiente para pagar aos professores?". E rematou: "o nosso Coelhinho tem os sonhos da população portuguesa nas mãos dele. Que tenha cuidado". Foi aplaudido.
E eis-nos imersos na canção que manda sentar "next to me" e questionarmo-nos como é que esta gente (ainda) consegue dar concertos assim.
Os ingleses James despedem-se com "Sit Down" e uma boa percentagem das 75 mil pessoas que entraram até agora (dados da organização) de braços no ar, em celebração. '
resumo de reportagem @ blitz
mensagem para passos coelho de saul davies que mora em portugal
entrevista no final do concerto a tim booth e saul davies
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